PALAVREANDO (título provisório)

Escritora, editora e camelô de mim mesma.

Apareci pela primeira vez em um livro quando ganhei um concurso de contos com mais outros quatro escritores – todos homens. O livro foi o “Cinco Contistas Potiguares”, publicado em 1976 pela Fundação José Augusto, órgão que havia promovido o concurso. Naqueles tempos, mais duros do que os de hoje, acho que só fui classificada porque me inscrevi com pseudônimo masculino.

Como sempre gostei de escrever, continuei com poemas, contos e crônicas que eu colava em quadros de avisos dos corredores da UFRN, distribuía em eventos, ou lia em voz alta onde houvesse alguém disposto a escutar. Aí, começaram a aparecer espaços, primeiro na chamada imprensa alternativa – fanzines, panfletos – e depois nos jornais, até que em 1987 publiquei o “Bilhetes de Suicida”, poemas, bancado por mim mesma com meu 13^o salário.
Descobri então que não queria escrever poesia, e sim prosa, e a ela me dediquei, no início como cronista. Escrevi como colaboradora em praticamente todos os jornais e publicações de Natal e também em João Pessoa. Antes de chegarem os blogues, eu já tinha meu próprio site e meu próprio fanzine, o Clotilde News.
Fui virando escritora. E não posso esquecer dos não sei quantos folhetos de cordel e peças de teatro, estas começando em 1991, com “A Maldição de Blackwell”. Depois de mais de dez peças escritas e encenadas, ainda continuo com um olho – e um pé – no palco.
Finalmente, décadas depois que tudo começou, publiquei em 2019 meu primeiro romance, “De Repente a Vida Acaba”, do qual já saiu uma edição nova em 2024. O que aconteceu nesse período de mais de 40 anos, iniciado em 1976, já é história, ao alcance de um google. Alguns dos meus livros só estão à venda em livrarias: “A Botija” (Editora 34), “Natal, a Noiva do Sol” (Cortez Editora) e “As Aventuras de Luluca na Paraíba Encantada” (3M-Editora). “O Verso e o Briefing” está na Amazon em formato Kindle. Outros se esgotaram. E tem os que você só consegue comprar se for na minha mão, aqui pelo site, porque eu mesma banquei a edição.